Quem deve se responsabilizar pela epidemia da obesidade?

29 de nov. de 2018
Última alteração 1 de jun. de 2023

A obesidade vem se tornando uma epidemia no mundo. Em 2016, 39% dos homens e mulheres acima de 18 anos estavam com excesso de peso, e 11% de homens e 15% de mulheres estavam obesos. Doenças como hipertensão, diabetes tipo 2, AVC, problemas de coluna e até mesmo câncer são associados à condição.

Segundo dados da OMS, os índices de sobrepeso praticamente triplicaram desde 1975. Em todo o mundo mais de 1,9 bilhão de adultos estão com excesso de peso e, destes, mais de meio milhão são obesos. Já na América Latina, podemos dizer que a situação é alarmante: a obesidade afeta 96 milhões de adultos, segundo dados da FAO (Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação) divulgados neste ano.

Quais as razões que estão levando a esse aumento da obesidade no mundo? Existem diversas razões que devem ser colocadas na balança para explicar a explosão dessa doença, começando pelo nosso padrão de alimentação, que precisa passar por uma readaptação. O consumo de produtos industrializados faz cada vez mais parte da nossa dieta: passamos a não prestar atenção no que estamos comendo e buscamos sempre pelo mais prático.

Por outro lado, a carga de trabalho aumentada, reuniões seguidas uma das outras e, consequentemente, uma longa jornada de trabalho são razões frequentemente utilizadas para justificar a falta de tempo para atividade física. O sedentarismo é certamente outro fator que agrava a obesidade atualmente. Se você trabalha em escritório, já percebeu a quantidade de tempo que passa de pé? A organização British Heart Foundation e o grupo Get Britain Standing realizaram uma pesquisa com mais de 2 mil pessoas e identificaram que 45% das mulheres e 37% dos homens ficam de pé menos de 30 minutos por dia enquanto estão trabalhando. Gavin Bradley, diretor do grupo Get Britain Standing, sugere que encontremos formas de contornar esse problema, como levantar-se ao falar no telefone ou em reuniões.

Mas será que isso é suficiente? E quem é responsável por essa mudança? Considerando que uma pessoa passa em média 10 horas no trabalho, contando com o deslocamento de ida e volta para casa, as empresas precisam assumir seu papel e incentivar colaboradores a ajustarem suas rotinas aos poucos, oferecendo ferramentas para que a prática de atividade física seja possível.

Investir na saúde dos colaboradores deve ir além do oferecimento de um plano de saúde. É preciso atuar na prevenção. Com isso em mente, organizações estão ampliando sua oferta de benefícios de qualidade de vida e saúde, incluindo serviços como de nutricionista, para uma reeducação alimentar, e buscando alternativas, além da tradicional ginástica laboral, para estimular a prática de atividade física e criar uma cultura na qual seus colaboradores sintam-se estimulados e encorajados a sair do sedentarismo.

O coração das empresas são as pessoas que nela trabalham e, investindo nesse bem, consequentemente otimizamos resultados e metas. No mundo corporativo, os exercícios físicos ajudam nos níveis de concentração, deixam a memória mais apurada e até mesmo ajudam nos nossos reflexos. A diminuição na utilização do plano de saúde e a redução de faltas no trabalho, consequências naturais de uma rotina saudável, resultam em uma diminuição nos custos com saúde nas organizações como um todo.

Devemos nos preocupar mais com o que estamos fazendo com nosso corpo, precisamos mudar diversos hábitos para nos tornar mais ativos. Somando esses pequenos esforços, mais a adição da atividade física em nossa vida, ficamos cada vez mais distantes do sedentarismo, e por sua vez, da obesidade.

Nós como empresários temos que dar o exemplo e assumir a responsabilidade por combater o sedentarismo e, em consequência, a obesidade nas nossas empresas. Encontrar o equilíbrio entre vida pessoal e profissional é papel de toda a liderança. E você? O que tem feito para reduzir a obesidade e o sedentarismo na sua empresa?

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Gympass Editorial Team

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