Bem-Estar Corporativo

Satisfação no trabalho: 3 dicas para medir de forma concreta

15 de dez. de 2016
Última alteração 1 de jun. de 2023

A satisfação no trabalho é um assunto realmente importante, pois influencia na motivação, na produtividade e no comportamento de cada colaborador. Desse modo, saber como medir de forma concreta e melhorar os indicadores internos de bem-estar é um importante passo.

Aliás, atualmente, algumas empresas já possuem sua cultura centrada no próprio colaborador. Um moderno conceito conhecido como Employee-Centric Company Culture, praticado por gigantes do mercado, como a Southwest Airlines e a Zappos.

Essas empresas — referências em suas respectivas áreas de atuação — são reconhecidas por sua força no mercado e excelência no atendimento aos clientes externos, fruto de colaboradores felizes e comprometidos.

Diante disso, no post de hoje vamos te explicar o que é satisfação no trabalho e como calcular e otimizar isso em sua empresa. Então, continue lendo e fique por dentro do assunto!

Entenda o que é satisfação no trabalho

Para muitos gestores, o bem-estar dos funcionários não está ligado a lucratividade de um negócio. Mas, para os especialistas no assunto, o consenso é outro. Segundo pesquisa divulgada pela Harvard Business, empresas que investem em RH possuem desempenho até 51% superior às outras.

De fato, o contentamento no trabalho pode reduzir os gastos com desligamentos e a ocorrência de acidentes, doenças e absenteísmo, além de melhorar o desempenho dos empregados, o relacionamento interpessoal e atrair profissionais talentosos. Ou seja, são muitos os benefícios.

Desse modo, investir no assunto é uma forma de manter a empresa suficientemente competitiva no mercado, cada vez mais saturado e seletivo. Mas, afinal, o que é satisfação no trabalho?

Grosso modo, é quando alguém está feliz no que faz, e enxerga suas necessidades supridas, das mais simples às mais complexas. Para compreendermos isso melhor, vejamos a teoria das necessidades de Maslow, um psicólogo norte americano.

Segundo Maslow, o ser humano possui suas principais necessidades em forma de pirâmide. Na base, estão as mais simples — necessidades fisiológicas, de segurança e sociais — e, no topo, as mais complexas — autoestima e autorrealização.

Logo, para que uma empresa possa satisfazer seus trabalhadores, é necessário que ela busque suprir suas necessidades, criando um local de trabalho saudável, aprimorando a comunicação interna, oferecendo um trabalho estável, com salário competitivo e a possibilidade de crescimento na carreira.

Aprenda a medir a satisfação dos colaboradores

Mensurar a satisfação dos colaboradores é um importante passo para tomar decisões estratégicas e implementar novos programas relacionados ao assunto. Porém, como mediar e ajustar algo que é completamente abstrato?

Na verdade, além do próprio índice de satisfação dos funcionários, existem outros indicadores-chave que podem te ajudar a avaliar de forma concreta o nível de contentamento dos integrantes da sua equipe.

A seguir, vejamos quais são as principais métricas, e como calculá-las:

  1. Índice de Satisfação dos Funcionários (ESI)

Esse índice busca avaliar o contentamento dos colaboradores com o seu local de trabalho e suas principais atividades, comparando isso com suas expectativas iniciais. Alguns profissionais de RH tentam avaliar a satisfação apenas com análises qualitativas, o que não é indicado.

Para calcular o nível de ESI (do inglês, Employee Satisfaction Index), três perguntas principais podem ser direcionadas aos funcionários avaliados. São elas:

  • Quão satisfeito você está com seu local de trabalho atual?
  • O quanto seu local de trabalho atual satisfaz suas expectativas?
  • Quão próximo é seu local de trabalho atual do ideal?

O funcionário deve, então, responder às perguntas com notas que variam entre 1 e 10, sendo um o menor e pior valor. Com as respostas em mãos, use a seguinte fórmula para fazer o cálculo:

{ [ ( Soma de todas as respostas ÷ 3 ) – 1 ] ÷9 } x 100

Assim, o valor final vai variar entre 0 – 100, em que o número mais elevado representa funcionários mais felizes e realizados. Contudo, se o ESI for baixo (menor que 66 pontos), é hora de revisar os benefícios e programas que fazem parte da sua empresa.

Vamos a um exemplo: se o funcionário atribuiu nota máxima (10) em todas os quesitos, então temos a seguinte cálculo: { [ ( 30 ÷ 3 ) – 1 ] ÷ 9 } x 100. Ao final do cálculo, a pontuação será a máxima — 100 pontos.

  1. Fator de Absenteísmo

Essa é uma fórmula usada na gestão de pessoas para mensurar as faltas dos empregados, sendo também um importante indicador do nível de satisfação no trabalho. Afinal, funcionários insatisfeitos tendem a ter mais ausências recorrentes e não comunicadas.

O cálculo dá origem ao fator Bradford — índice que define o quanto as constantes faltas de um empregado prejudicam a empresa e seus próprios colegas de trabalho. Seu nome vem da University of Bradford, universidade pública inglesa onde a fórmula foi desenvolvida.

Para identificar o fator desejado, é necessário levar em consideração duas coisas principais: a frequência de faltas de um empregado (F) e o número total de dias ausentes (D). O cálculo pode ser montado da seguinte forma:

Fator Bradford = F x F x D

Vejamos um exemplo prático: imagine que um funcionário faltou cinco vezes no período de um ano, sendo que cada falta durou dois dias. Assim, temos a equação:

Fator Bradford = 5 x 5 x 10

Nesse caso, o fator de Bradford é 250 — e esse é o limite máximo aceitável. Acima disso, é indispensável que se chame o trabalhador para uma conversa aberta sobre o assunto, e veja o que tem o desmotivado.

Se o índice passar de 450 pontos, é considerado elevadíssimo. E essa pesquisa é aplicada individualmente, levando em consideração um período de 1 ano de atividade do funcionário na empresa.

  1. Taxa de Churn dos Empregados

A constante saída de funcionários na empresa pode ser um péssimo sinal, demonstrando insatisfação com a empresa e a falta de perspectivas profissionais dentro do empreendimento. Assim, é indispensável calcular o nível de rotatividade dos colaboradores.

O cálculo do Turnover, como também é chamado, é realizado com base no número total de demissões e no número médio de funcionários em determinado período — geralmente, 1 ano de atividade. Vejamos como o cálculo pode ser estruturado:

Taxa de Turnover = Número total de demissões / número médio de funcionários em determinado período

O ideal é que a taxa fique em torno de 5%; números mais elevados devem ser analisados com atenção pela liderança da organização. Se os funcionários não ficam na empresa, então certamente há algum motivo para isso.

Além das fórmulas que foram mencionadas, também é importante estar atento a outras variáveis, tais como: satisfação dos colaboradores com os benefícios oferecidos pela empresa, com a liderança do empreendimento e com seus colegas de trabalho.

Veja como melhorar a satisfação no trabalho

Se o índice de satisfação não está de acordo com o esperado, então é o momento de investir em novas práticas que possam ajudar no assunto.

Entre elas: manter o ambiente de trabalho limpo e organizado, melhorar a comunicação interna, incentivar a prática de esportes, aprimorar o relacionamento da equipe e implementar programas de recompensas.

Então, alguns meses após a implementação dessas novas atividades, volte a avaliar a satisfação dos seus subordinados — provavelmente, estará mais elevada. Lembre-se: uma equipe feliz é sinônimo de produtividade, motivação e comprometimento!


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Gympass Editorial Team

A Equipe Editorial do Gympass traz aos líderes de RH as informações necessárias para promover o bem-estar dos colaboradores. Em um cenário profissional em rápida evolução, nossas pesquisas, análises de tendências e guias práticos são ferramentas importantes para levar cada vez mais satisfação e saúde ao ambiente de trabalho.